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Mostrando postagens de março, 2019

Jânio no Pantanal

Prefeito Wilson Martins e o presidente Jânio Quadros, uma amizade antiga Passou por Campo Grande em 30 de março de 1961 o presidente Jânio Quadros. Esteve na fazenda Miranda Estância até o dia 3 de abril, aproveitando os dias da Semana Santa para descansar. Sua passagem pela cidade foi rápida e de surpresa, o tempo suficiente para trocar de aeronave e algum curioso avisar à imprensa e, provavelmente ao prefeito Wilson Barbosa Martins, amigo pessoal do presidente, que no seu retorno a Brasília, esperava-o no aeroporto, onde conseguiu audiência para tratar de assuntos de interesse do município. Na ocasião, Wilson entregou ao presidente uma cópia de sua exposição sobre os principais problemas municipais, apresentada em recente reunião de prefeitos do Estado, destacando-se os de água e esgoto. O presidente fazia-se acompanhar da primeira-dama Eloá Quadros e do brigadeiro Faria Lima.  Filho de Campo Grande, esta foi a única vez que Jânio esteve em sua cidade natal como presidente...

O pai da estrada de ferro

Nasce em Châteauroux, na França, em 29 de março de 1855, Emílio Schnoor.   No Brasil desde os dez anos de idade, bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas e Engenharia, Emílio Schnoor inclui-se segundo Celso Higa, "entre os grandes vanguardeiros da engenharia ferroviária brasileira." É de sua autoria o traçado definitivo da estrada de ferro Noroeste entre Itapura e Corumbá, mudando o itinerário original que previa seu ponto terminal em Cuiabá. Órfão de mãe,ainda criança, em companhia do pai e de uma irmã, migrou para o Brasil. Estudou na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro e bacharelou-se em Ciências Físicas e Matemáticas pela Escola Central, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro. Aos 19 anos ingressou no quadro técnico da Estrada de Ferro D. Pedro II. De 1876 a 1884 participou na construção da estrada de e ferro de Porto Alegre a Uruguaiana e da ferrovia entre Porto Alegre e Bagé. De 1884 transferiu-se para a Argentina onde construiu mais de 1.200 quilômetro...

O assassinato de Henrique Spengler

Encontrado morto em casa, em 21 de março de 2003, em Coxim, vítima de agressão física, Henrique Spengler. 45 anos, nascido em Campo Grande, filho de José Roberto Spengler e Glorieta de Melo Spengler. Notabilizou-se como pesquisador das manifestações culturais indígenas e nativistas, dedicando-se, particularmente à nação Guaicuru. Foi ativista e um dos fundadores Movimento Cultural Guaicuru. Artista plástico, segundo Maria da Gloria Sá Rosa, Spengler "ao pesquisar a abstração dos padrões de desenho de couros, cerâmicas e tatuagem dos Cadiuéu, absorveu a essência das etnias regionais, projetando-a de maneira singular na linguagem das linhas e da forma". Professor, dedicou-se à disciplina História Regional que o interessava particularmente, havendo influenciado na inclusão da matéria no currículo escolar do Estado. Intelectual  participou ativamente de todos os projetos de identidade cultural de Mato Grosso do Sul, a partir da criação do Estado. Em 2004, o cineasta Alexandre B...

O nascimento do homem do Pé de Cedro

Nasce em Coxim, no norte do Estado, em 15 de março de 1928, Zacarias dos Santos Mourão. Passou a infância em sua cidade natal, tornando-se coroinha ao lado do padre Chico, que o apelidou de Tió, nome de um pássaro. Sua vida é lembrada por sua filha Lígia Mourão: Com 11 anos, Tió, acompanhado de Padre Chico - com quem se tornou coroinha, encontrou um arbusto de pé de cedro na beira do rio Coxim, durantes uma das várias caçadas que realizava em companhia do sacerdote. O menino resolveu que iria contribuir para arborização da cidade e acabou plantando a árvore. Anos mais tarde, a atitude ecológica teve uma justificativa mais filosófica, como ele mesmo explicou à filha. Teve um sentido porque ele havia conversado sobre Deus, sobre natureza... Ele queria arborizar do jeito que era o lugar mesmo. [...] Uma vez perguntei: "Porque o senhor plantou um pé de cedro? Ele respondeu que queria saber sobre a vida e que plantou o amor" (sic). Zacarias queria ver a árvore vingar. S...

Morre autor do hino de Mato Grosso do Sul

Morreu, por volta das 15 horas,de 14 de março de 2011, vítima de câncer o advogado Jorge Antônio Siufi, 78 anos,  na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Dr. Alfredo Abrão em Campo Grande. Ele era advogado há 49 anos, foi promotor de justiça, membro da Academia Sul-mato-grossense de Letras e um dos autores da letra do Hino de Mato Grosso do Sul. Jorge também foi membro da Escola Superior de Guerra, professor do curso de Direito da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), presidente do Lions Clube e autor de vários livros e crônicas. Aficionado por músicas de seresta,chegou a gravar um cd com clássicos românticos. O corpo foi velado no plenário da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil). O enterro aconteceu as 9 horas do dia seguinte no cemitério Parque das Primaveras. O parceiro de Jorge Siufi na letra do hino do Estado foi o escritor Otavio Gonçalves Gomes e a música é do maestro Radamés Gnattali, já  falecidos.  Clique na imagem e conheça...

Nasce Antonio Salústio Areias

Nasce em Minas Gerais, em 9 de março de 1912, Antonio Salustio Areias. Ordenou-se padre em 1933, aos 22 anos. Em 1941 muda-se para São Paulo e deixa a batina. Veio para Mato Grosso em agosto de 1946, fixando residência em Aquidauana. Foi professor e diretor do Colégio Cândido Mariano. Entrou na política por acaso: "...nas eleições para prefeito, em 1950, o PSD, o PSP (partido do Ademar de Barros) e o PTB (que era o partido de Getúlio Vargas) estavam sem candidato. Foi então que o dr. Bonifácio, que era um grande amigo meu, foi procurar-me dizendo: - Areias, queremos que você seja nosso candidato a prefeito. - Deus me livre, dr. Bonifácio, política e ensino não podem viver juntos. Ou se é professor dedicado ou político. Além disso a política prejudica demais o ensino com essa história de nomear e demitir os professores a seu bel prazer, tirando um professor competente para colocar um da panelinha em seu lugar. - Não adianta discutir. Tem que ser você. Porque só assim o PSD,...

Fracassa ataque à Matte Larangeira

Campanário, sede brasileira da Matte Larangeira, alvo dos revoltosos Conseqüência de uma pendenga por posse de uma área de terra, o fazendeiro João Ortt, juntando pequeno grupo de amigos decide enfrentar a poderosa companhia que monopolizava a exploração e comércio da erva mate no Sul de Mato Grosso. Partiu de Maracaí, nome de sua propriedade, em litígio, em 5 de março de 1932. "Em vários pontos - acompanha-o o cronista Humberto Puiggari - já deveriam estar a postos outros grupos armados que se iriam incorporando ao que comandava pessoalmente. Caso fosse bem sucedido no arriscado empreendimento, tomaria Campanário, sede da empresa e imporia condições de modo a deixá-lo tranqüilo na 'posse' Maracahy.   Seguindo um plano anteriormente traçado fez atacar o rancho Paraná pelo seu lugar tenente Eduardo Cubas. Foi o primeiro fracasso. Sem desanimar dirigiu-se a determinado sítio onde deveria estar à sua espera um numeroso contingente armado. Lá não encontrou ninguém...