Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de junho, 2017

Índio lidera fuga de escravos em Coxim

Capitaneados por um  índio chiquitano  de nome André, fugiram da Fazenda Santa Luzia, em Coxim (São José de Herculânia) nove escravos, sendo 5 homens e quatro mulheres. O alarme foi dado pelo coronel Antonio Luiz da Silva Albuquerque, chefe político do distrito, em anúncio publicado num jornal de Corumbá: FONTE :  jornal  O Iniciador  (Corumbá) 31 de dezembro de 1882.

A guerra censurada

Iniciada em 1939, o Brasil mantinha neutralidade na segunda guerra mundial, apesar do governo Vargas mostrar sensível simpatia pela Alemanha e potências do Eixo. O país só entraria no conflito em 1942, ao lado dos aliados, depois que submarinos alemães atacaram navios brasileiros. Em Mato Grosso, durante o tempo em que o Brasil manteve-se na neutralidade, as autoridades policiais proibiram qualquer manifestação pública sobre o conflito, através da  seguinte portaria: FONTE: Jornal do Comercio (CG), 3 de junho de 1940.

Estado de Campo Grande, o primeiro nome de Mato Grosso do Sul

  Em nota oficial divulgada pelo rádio e pela televisão, em 3 de maio de 1977, o presidente Geisel anunciou a divisão do Estado de Mato Grosso, com a criação de um novo Estado, denominado Campo Grande. A nota da Presidência da República na íntegra: "O Poder Executivo, após demorado estudo da questão, concluiu pela conveniência de criar um novo Estado na região Sul de Mato Grosso. Hoje o Presidente da República comunicou ao governador do Estado de Mato Grosso essa conclusão e determinou que se constitua, no Ministério da Justiça, um grupo interministerial para preparar o projeto de lei complementar a ser submetido à alta consideração do Congresso Nacional. A modernização do quadro político geográfico na fronteira Oeste do Brasil atende aos reclamos do desenvolvimento daquela área, que apresenta reais possibilidades de um grande surto de progresso nos próximos anos, criadas as condições da administração regional que se fazem necessárias. Ambos os Estados, tanto

Polícia derrota forças de Bento Xavier

Palco da última batalha de Bento Xavier contra a polícia estadual Em 23 de junho de 1911, o major Gomes consegue, finalmente derrotar as forças do rebelde Bento Xavier, que incluía a divisão do Estado no programa de sua revolução. Eis a versão do vencedor: A 22, mandei diversas descobertas, pois estávamos nas zonas inimigas, já perto da fronteira e Ponta Porã. Regressando algumas descobertas, me informaram da marcha da força rebelde com direção a Ponta Porã. Apressei-me em dar proteção às forças amigas ali estacionadas, e a 23, pela madrugada, prossegui a marcha e às 7 horas da manhã, passava o Rio Dourados na antiga Colônia desse nome, e aí, enquanto mandei dar água aos cavalos e arrumar a força, tive um pressentimento, próprio da guerra, que os inimigos estavam perto. Em seguida, destaquei dois piquetes de polícia, um ao mando do bravo Tenente Wladislau Lima e outros do Alferes Irineu Mendes, para fazerem a retaguarda e flanqueadores, com ordem de se encontrassem qualquer f

Mudar MS para PN. Lançado o manifesto pró Estado de Pantanal

Um livro para defender a ideia Em caderno especial o jornal Primeira Hora, de Campo Grande divulga em 11 de outubro de 1999, o manifesto da Liga Pró-Estado do Pantanal, recém-criada, defendendo a mudança do nome do Estado: Com este manifesto criamos a Liga Pró Estado do Pantanal-PN, numa homenagem à luta de nossos líderes divisionistas e objetivando concluir o processo histórico por eles iniciado. É esse o desafio. Se aos divisionistas de todas as épocas cabe o registro histórico das lutas em favor da criação do novo Estado, a nós, enquanto cidadãos, caberá a satisfação de tentar despertar o orgulho existente dentro de cada um de nós. Vamos conversar com a população, conscientizar, debater, discutir, e principalmente, informar sobre a importância do nome PANTANAL para o passado, o presente e o futuro. A importância do nome para o nosso desenvolvimento sustentável e para o futuro de milhares de jovens e de um povo que sonha com a melhoria de qualidade de vida e com os em

A primeira faculdade do Estado

Agostinho dos Santos, o pioneiro do ensino superior O primeiro curso superior do Estado foi a faculdade de odontologia e farmácia de Campo Grande. Iniciou os cursos de odontologia e farmácia em 1929 e foi seu fundador e primeiro diretor o dentista Agostinho dos Santos. O corpo docente dos cursos foi composto por médicos e dentistas de renome no Estado: Nicolau Fragelli, Newton Cavassa, Vespasiano Barbosa Martins, Fernando Correa da Costa, Ermírio Coutuinho, Francisco Ferreira de Souza, Artur Vasconcelos, José Verlangiere, Franklin de Castro, Assis Bastos, Lúcio Valadares, Valeriano Maia, Heráclito Braga, Vital de Oliveira, Ferdinando Silveira, Timóteo Rostey e Tertuliano Meireles.¹ (JC 24-8-1934)  Ao final do primeiro ano de funcionamento estavam matriculados os alunos Balbino Soares da Costa, Wanda Lorenta da Rosa, Carlos Elmano de Oliveira, Sylvia Lorenta da Rosa, Ilídio Gonçalves da Costa e Keite Miyaki, aprovados para o segundo ano.2  (JC, 20-12-1929). Em 1932 a esco

Cólera derrota retirantes de Laguna

Retirada da Laguna, quadro de Ruy Martins Ferreira Em 15 de junho de 1867, o médico Cândido Manuel de Oliveira Quintana libera relatório sobre a epidemia de cólera-morbo durante a retirada das tropas brasileiras do Apa: Havendo V.S. exigido de mim uma parte sobre a epidemia e ferimentos havidos na expedição de Mato Grosso, passo muito profunctoriamente a expender o seguinte: Que no dia 10 de maio, na Bela Vista, foi-me trazido à consulta um índio que sofria de diarreia abundante e que no dia seguinte faleceu. Este doente, por causa da longa marcha e dos muitos outros que tínhamos a tratar, faleceu, sem que tivéssemos bem observado sua enfermidade. No dia 17, as 11 horas da noite, pouco mais ou menos, entraram mais dois enfermos para a enfermaria, os quais atraíram a atenção pelos grandes gritos que davam em conseqüência de câimbras e pela semelhança dos sintomas de ambos que eram: grande sede, supressão de urina, vômitos, evacuações alvinas abundantíssimas, resfriamento das ext

Criada a diocese de Dourados

É criada pelo papa Pio XII, em 15 de junho de 1957, a diocese de Dourados, abrangendo todo o extremo-sul do Estado de Mato Grosso com uma área de 68.300 km2. A notícia foi recebida com júbilo pela comunidade católica do município e foi o destaque da "Coluna Religiosa" do jornal "O Progresso" de 1° de setembro de 1957: No dia 22 de agosto esteve entre nós, em rápida visita, Sua Excia. Revmo. Dom Ladislau Paz, administrador apostólico de Corumbá. Sua Excia. veio especialmente a Dourados para trazer-nos a notícia oficial da criação pela Santa Sé, do novo Bispado de Dourados. A nova diocese, com 74.000 quilômetros quadrados e 140.000 habitantes, compor-se-á de 7 municípios e 9 paróquias: Dourados (com Colonia Federal), Itaporã, Rio Brilhante, Bataguassu, Maracaju, Ponta Porã e Amambai. Reunidas na noite do dia 22 de agosto, no salão nobre do convento franciscano às pessoas de destaque do mundo católico de Dourados, comunicou Dom Ladislau, que a nomeação do Bispo

Nasce oficialmente em Camapuã a Coluna Prestes

A coluna Prestes e seu comando, organizado em Camapuã Acampados em 10 de junho de 1925, na fazenda Cilada, em Camapuã, no sul de Mato Grosso os revolucionários, até então tidos apenas como revoltosos, decidem formalizar a coluna rebelde, que passou a ser chamada de Coluna Miguel Costa-Carlos Prestes e ficou popularmente conhecida como Coluna Prestes. Sua organização inicial foi a seguinte: Comandante: General Miguel Costa; Chefe do Estado-Maior e comandante de fato: Coronel Luis Carlos Prestes; sub-chefe do Estado Maior: ten.-cel. Juarez Távora; secretário: capitão Lourenço Moreira Lima. Membros do Estado Maior: majores Paulo Kruger e Mário Geri; capitães Alberto Costa e Ítalo Landucci; tenentes Sadi, Nicário e Morgado; piquete do QG: tenente Hermínio; chefe de saúde: dr. Athaíde. 1º. Destacamento: Cordeiro de Farias, tendo como fiscal o major Virgílio dos Santos; 2º. Destacamento: João Alberto, tendo como fiscal o major Manoel Lira; 3º. Destacamento: Siqueira Campos, tendo como

Mato Grosso do Sul ganha sua primeira constituição

Na manhã fria de 13 de junho de 1979, tendo como plenário uma dependência da universidade estadual, sob quente clima político, com os rumores da demissão do governador Harry Amorim Costa, dá-se em Campo Grande a promulgação da primeira constituição estadual. Na cerimônia simples, falaram o presidente da Assembléia, Londres Machado e os líderes da Arena, Waldomiro Gonçalves e do MDB, Sergio Cruz. Subscreveram a Carta os seguintes deputados constituintes: da Arena, Londres Machado, Walter Benedito Carneiro, Horácio Cerzósimo de Souza, Waldomiro Alves Gonçalves, Alberto Cubel Brull, Ary Rigo, Oswaldo Ferreira Dutra, Paulo Roberto Capiberibe Saldanha, RamezTebet, Rudel Espíndola Trindade e Zenóbio Neves dos Santos e pelo MDB, Cecílio de Jesus Gaeta, Getúlio Gideão Bauermeister,Odilon Nakasato, Onevan José de Matos,Roberto Moaccar Orro, Sergio Manoel da Cruz e Sultan Rasslan. FONTE :  anais da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.

Governo paraguaio sequestra dona Senhorinha Barbosa

Senhorinha Barbosa com familiares Soldados do presidente Carlos Lopez sobem o rio Apa com o objetivo de destruir a fazenda de Gabriel Francisco Lopes, primeiro marido de Senhorinha Barbosa, filha de Inácio Barbosa, pioneiro dos campos de Vacaria e doador da área para a cidade de Nioaque. A prisão de Senhorinha Barbosa ocorreu em 18 de outubro de 1849.  As ordens ‘que teniam del gobierno e del senor capitan comandante’ , segundo Hélio Serejo,  era de prender todos os moradores da região e conduzi-los, pelo meio mais seguro, para o interior do Paraguai, juntamente com os estancieiros levaram também o gado e os pertences caseiros de menos volume e peso. Nessa época o castigo infringido aos prisioneiros era o seguinte: para o homem, derrubada de mato, plantio e construção de ranchos; para mulher, conforme a idade e a robustez física, lavar roupa, mantear carne de bicho, cozinhar e empaiolar mantimentos. E desta maneira Concepcion, ‘la gran ciudad paraguaia’, ficou com a sua

Bando dos baianinhos aterroriza o Estado

Os irmãos Batista, gaúchos, domiciliados em Campo Grande, conhecidos como baianinhos , utilizando automóveis e até metralhadoras, aterrorizam fazendeiros em praticamente todo o território do atual Estado de Mato Grosso do Sul, especialmente no Pantanal, onde estão concentrados os maiores rebanhos bovinos no Estado. O impacto da organização criminosa teve repercussão nacional, como vemos na ampla reportagem da Agência Meridional, publicada em 15 de dezembro de 1943, em todos os jornais dos Diários Associados: Diante dos sucessivos assaltos de um bando que usa metralhadoras de mão, a população matogrossense pergunta: Lampeão, Corisco e Silvino Jacques terão encontrado sucessores aperfeiçoados? É o que vem acontecendo com o aparecimento dos ‘baianinhos’, grupo de bandoleiros que fazem incursões na região sul de Mato Grosso, tendo nos últimos dias de novembro efetuado ataques a cerca de 11 fazendas. Silvino Jacques, como se sabe, assolou com sua gente o nordeste do Estado,

Inaugurado o telégrafo em Bela Vista

Major Rondon em seu acampamento em Bela Vista Em menos de trinta dias, Rondon estende  61 quilômetros  e  590 metros  de linha telegráfica entre Margarida e Bela Vista, cuja estação inaugura em 30 de junho de 1905, encerrando a ligação norte-sul: “Não foi possível traçar um só alinhamento ligando aqueles dois pontos, porque extenso e formidável brejo se lhes interpunha. Foi necessário projetar diversos alinhamentos, a fim de contornar as cabeceiras do brejão, entre os córregos de Guaviara e Derrota”.¹ Sobre esse fato, Sydney Nunes Leite acrescenta: Em junho de 1905 foi assinado o contrato para a construção da casa da estação telegráfica de Bela Vista, entre o major Cândido Mariano da Silva Rondon, presidente da comissão construtora da linha telegráfica de Mato Grosso e Luciano Arcomanni, pela quantia de 21 contos de réis. Serviram de testemunhas do ato os senhores Gabriel de Almeida e Alfredo Pinto, conforme consta nos livros de notas do Cartório do 2° Ofício desta comarca. O