Pela Resolução n° 617, de 18 de julho de 1912, sancionada pelo presidente do Estado de Mato Grosso, Joaquim A. da Costa
Marques, Ponta
Porã, a mais próspera povoação da fronteira Brasil-Paraguai, é elevada à
categoria de município. "A fundação de Ponta Porã - constata o historiador
- como a de tantas outras cidades, não constituiu ato premeditado de ninguém,
por isso não lhe pode fixar uma data precisa. O lugar foi evoluindo aos poucos,
e o povo vinha fixar residência aí, de preferência onde mais tarde se
estabelecia o comércio do lado do Paraguai e depois do Brasil, em razão da
proximidade da picada do 'Chiriguelo', por onde vinha de Conceição toda a
mercadoria necessária ao seu consumo, inclusive o sal para as fazendas de
criação, já que naqueles tempos não existia outra zona de abastecimento mais
próxima, em território brasileiro".¹
Seu primeiro morador foi o capitão João Antonio de Trindade, carioca, veterano da guerra do Paraguai, herói da retirada da Laguna, que chegou ao lugar em 1892.
Resolução de 10 de abril de 1900 reconhece sua existência com a criação da respectiva paróquia. Por lei de 23 de setembro de 1915 é elevada à categoria de comarca e "continuou a prosperar, tendo por base econômica os opulentos hervais, a que deve o povoamento, entreverados de campos, onde se tem desenvolvido boa criação de gado".²
Instalado o município em 25 de
março de 1913, tomam posse o primeiro prefeito eleito Ponciano de Matos e os
conselheiros municipais Felisberto Marques, Manuel Moreira, Heliodoro José de
Almeida, Valêncio de Brum e o suplente João Maria da Silva.
O novo município foi desmembrado de Nioaque.
FONTES: ¹Pedro Ângelo da Rosa, Resenha Histórica de Mato Grosso (Fronteira com o Paraguai), Livraria Ruy Barbosa, Campo Grande, 1962, página 29; ² Virgílio Correa Filho, Mato Grosso, (2a edição) Coeditora Brasílica, Rio de Janeiro, 1939, página 174.
FOTO: Coronel Ponciano de Mattos, (de terno branco) primeiro prefeito de Ponta Porã. Acervo de O Progresso (Dourados).
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