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Fronteiras depois da guerra


Coronel Eneas Galvão, o visconde de Maracaju

Em ofício enviado aos seus superiores, em 14 de novembro de 1874, o coronel de engenheiros Rufino Enéas Gustavo Galvão, representante brasileiro na comissão binacional de demarcação, comunica a conclusão da obra de delimitação da fronteira Brasil-Paraguai:

É com a maior satisfação, comunico ao ministro dos Estrangeiros, que apresento à V. Exa. o exemplar desta ata (a derradeira) e o daquela carta (geral), pertencentes ao Brasil, por comprovarem tão importantes documentos que ficou completamente concluída a demarcação de nossa fronteira com esta República, único trabalho deste gênero realizado até o presente sem interrupção e no curto espaço de vinte e seis meses. A extensão de 190 léguas da fronteira demarcada, está pouco conhecida, 80 de picadas abertas nas serras de Amambaí e Maracaju e nas cabeceiras do Apa para deslindar a questão de Estrela; a custosa navegação daquele rio e a do Alto Paraná, com os riscos que apresenta acima da foz do Iguaçu, podem dar uma ideia da perseverança da comissão e dos trabalhos com que lutou para efetuar esta demarcação.



FONTE: Virgílio Correa Filho, História de Mato Grosso, Fundação Júlio Campos, Várzea Grande, 1994, página 575

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