Bertoldo Klinger (ao centro), memorando ignorado por comandantes da coluna rebelde |
Nas proximidades de Dourados as tropas da Coluna Prestes recebem em 21 de maio de 1925, um emissário do governo, com carta do major Klinger, da Circunscrição Militar de Campo Grande, com o seguinte ultimato:
Meus destemidos camaradas.
(...) Apelo pois para vosso patriotismo, que tem sido certamente o supremo móvel da vossa ação, a fim de ter afinal um termo esta luta ingrata, que já agora só pode, sem outro resultado, aumentar a desgraça do país e de seus filhos, cavar mais fundo a cisão e aumentar os ódios. Ofereço de iniciativa exclusiva minha que será imediatamente posta em aplicação sob minha responsabilidade pessoal se aceitardes o seguinte:
1 - Todas as forças revolucionárias de Mato Grosso entregam suas armas, munições, cavalos e todo o material de qualquer espécie que tenham em seu poder.
2 - Todos os oficiais e um décimo das praças a critério dos chefes revolucionários terão trânsito livre para passarem incontinenti a fronteira mais próxima.
3 - Pormenores a fixar entre um chefe representante dos revolucionários e um representante meu.
A coluna simplesmente ignorou o ultimato.
FONTE: Domingos Meireles, A noite das grandes fogueiras, Editora Record, Rio, 1995, página 295.
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