Morre em 27 de fevereiro de 1999, na Alemanha, para onde voltou depois de ser jubilado como bispo de Dourados, dom Teodardo Leitz. Filho de Gustav e Lídia Leitz, nasceu em 18 de maio de 1915, em Karlsruhe, na Alemanha. Após estudos primários e secundários ingressou na Ordem Franciscana em 19 de abril de 1934. Estudou filosofia em Sigmaringem e Teologia em Fulda/Alemanha. Transferiu-se para o Brasil em 1939, já diácono, continuando os estudos na Faculdade de Teologia dos Franciscanos de Petrópolis, RJ. Em 30 de junho de 1940 foi ordenado sacerdote pelo bispo de Niterói D. José Alves. No fim do mesmo ano, veio para Mato Grosso, assumindo o cargo de coadjutor da paróquia de Rosário Oeste. Durante 12 anos percorreu a cavalo ou canoa os sertões de Mato Grosso. Em 24 de outubro de 1952, Frei Teodardo muda-se para Dourados, como vigário da cidade, tendo permanecido por durante 9 anos à frente da paróquia.
Em 1961, frei Teodardo é transferido para Rio Brilhante, onde iniciou a construção do Seminário dos Franciscanos, e depois para Campo Grande como vigário da paróquia de São Francisco. Em janeiro de 1970 retorna definitivamente a Dourados, novamente como vigário da paróquia da Imaculada Conceição. Com a renúncia do bispo, dom Carlos Schmitt, , frei Teodardo foi eleito administrador da Diocese e, em 5 de novembro de 1970 o Papa Paulo VI o nomeou bispo de Dourados. Recebeu a sagração no dia 13 de fevereiro de 1971 na cidade de Freiburg na Alemanha e tomou posse em 17 de março do mesmo ano.
Em seus 15 anos à frente da Diocese de Dourados, dom Teodardo implantou diversos movimentos: cursilho da cristandade, movimento jovem, pastoral das Vocações, pastoral da Terra, pastoral da Saúde, vicentinos e outros.
Coerente com seu lema de bispo: "Evangelizar os pobres", e com o compromisso da "opção preferencial pelos pobres", do Vaticano II, dom Teodardo se colocou decididamente ao lado dos trabalhadores rurais sem-terra durante os primeiros movimentos pela reforma agrária, no início da década de 80, ainda durante o regime militar. Destacou-se no apoio aos trabalhadores rurais, durante a ocupação da gleba Idalina, em Ivinhema, em abril de 1985. Nessa ocasião, acolheu os despejados e lhes ofereceu uma área da diocese, no distrito de São Pedro para acampar. Durante oito meses, 3.000 pessoas ficaram por conta da Diocese de Dourados, inclusive a alimentação e o atendimento sanitário, até que o governo do Estado, desapropriou uma área no município de Nioaque e assentou os acampados.
FONTE: Frei Pedro Knob, A missão franciscana do Mato Grosso, Custódia Franciscana das Sete Alegrias de Nossa Senhora de Mato Grosso, Campo Grande, 1988, página 216.
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