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Mostrando postagens de julho, 2017

Exército paraguaio invade Coxim

A vila de Coxim no tempo da guerra contra o Paraguai, em desenho de Taunay No seu apogeu, como entreposto do comércio com os goianos, Coxim interrompe abruptamente seu ciclo de crescimento econômico, com a invasão de Mato Grosso, em 24 de abril 1865 pelo exército do general Solano Lopez. A cidade foi ocupada por cerca de um ano por forças inimigas, que abandonaram a vila em 1866 com a aproximação da coluna de São Paulo, Minas e Goiás. Conta Ronan Garcia da Silveira diz que “no momento em que aconteceu aquela invasão, provocando o pânico, ocorreram fugas de moradores, diante da presença dos paraguaios que, ao dominarem a região, estabeleceram o seu quartel general no lugar denominado fazenda São Pedro". Relata a literatura referente ao episódio, que a notícia da invasão foi levada a Cuiabá pelo cidadão Antonio Theodoro de Carvalho, morador na região, que chegou à capital da província no dia 8 de maio de 1866, ou seja, treze meses após a invasão".¹ Sobre a local

Aquidauana vai à guerra!

Quartel do exército em Aquidauana O 9º BE Comb de Aquidauana, reunido à 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária, em Três Rios, (RJ) foi designado para combater na II Guerra Mundial. Esta divisão – segundo Cláudio Robba – seccionada em escalões, partiu o primeiro para a Itália a 2 de julho de 1943 e o segundo a 22 de setembro, com destino ao porto de Nápoles, também na Itália. Em novembro do mesmo ano, incorporados, os dois batalhões tomaram os primeiros contatos com o inimigo, realizando o seu primeiro ataque a Monte Castelo no dia 28; a 11 e 12 de dezembro realizaram mais dois ataques a Monte Castelo, sem êxito; a 21 de fevereiro participaram ativa e eficazmente na conquista definitiva daquela fortificação, fato repetido em Castelnuovo e Montese. Dentre os trabalhos técnicos realizados pelo Batalhão na operação de guerra destacam-se a limpeza dos campos de minas, trabalhos de estradas, destruição de um túnel em Castelacio, construção das pontes Carioca, Lages, Itajubá

Senador reage e escapa de atentado

Em luta aberta contra o governador Mário Correa, os senadores oposicionistas Vespasiano Barbosa Martins e João Vilasboas sofrem em Cuiabá atentando, em 22 de novembro de 1936, de repercussão no Estado e em todo o país: A nossa pacata cidade de Cuiabá assistiu estarrecida e indignada, na noite de 22 do mês passado, a execução de um plano tenebroso, que visava a eliminação dos dois preclaros chefes da ‘Aliança Mato-Grossense’, senadores João Vilasboas e Vespasiano Martins, ultimamente chegados a esta capital. Por volta das 22 horas daquele dia, depois da saída da última visita, dispunham-se já aqueles dois ilustres representantes matogrossenses no Senado da República a recolherem-se aos seus aposentos, quando a casa em que se hospedavam foi inopinadamente invadida por numeroso grupo de perigosos facínoras, arrebanhados em diversas localidades. Penetrando na casa, o primeiro a ser visto foi o senador João Vilasboas que recebeu o primeiro tiro, ferindo-o no ombro direit

Ponta Porã entra na revolução contra Getúlio Vargas

Lício Borralho, o civil, prefeito de Ponta Porã em 1932 Políticos e autoridades militares de Ponta Porã instalam em 20 de julho de 1932 a comissão revolucionária do município em apoio à guerra civil paulista, deflagrada no dia 9 e que tinha como comandante formal o general Klinger, até então comandante da 9a. Circunscrição Militar de Mato Grosso, com sede em Campo Grande. O acontecimento foi registrado na seguinte Ata de instalação da Comissão Revolucionária do Município de Ponta Porã. Aos vinte dias do mês de julho de mil novecentos e trinta e dois, em a sala de audiência da Prefeitura Municipal desta localidade, reuniu-se pela primeira vez, com o objetivo de dar início aos seus trabalhos, a comissão especialmente aclamada pelos representantes das diversas correntes políticas do município, para formar a frente única revolucionária. Sob a presidência do senhor Doutor Raphael Bandeira e com a presença dos senhores comissários Doutor Lício Borralho, Prefeito Municipal, sen

Criado o município de Ponta Porã

Pela Resolução n° 617, de 18 de julho de 1912, sancionada pelo presidente do Estado de Mato Grosso, Joaquim A. da Costa Marques,  Ponta Porã , a mais próspera povoação da fronteira Brasil-Paraguai, é elevada à categoria de município. "A fundação de Ponta Porã - constata o historiador - como a de tantas outras cidades, não constituiu ato premeditado de ninguém, por isso não lhe pode fixar uma data precisa. O lugar foi evoluindo aos poucos, e o povo vinha fixar residência aí, de preferência onde mais tarde se estabelecia o comércio do lado do Paraguai e depois do Brasil, em razão da proximidade da picada do 'Chiriguelo', por onde vinha de Conceição toda a mercadoria necessária ao seu consumo, inclusive o sal para as fazendas de criação, já que naqueles tempos não existia outra zona de abastecimento mais próxima, em território brasileiro".¹ Seu primeiro morador foi o capitão João Antonio de Trindade, carioca, veterano da guerra do Paraguai, herói da ret

Os 42 anos da maior geada da história

Em 17 de julho de 1975 o Sul de Mato Grosso é atingido pela maior geada do século XX, lembrada 40 anos depois pelo repórter Fausto Brites, do Correio do Estado , de Campo Grande: Na edição de sexta-feira, a matéria principal: 'Enquanto alguns pontos do município de Bandeirantes viviam a primeira nevasca da história de Mato Grosso, no período compreendido entre as 6 horas e 8 horas da manhã de anteontem, Campo Grande amanhecia ontem coberta por uma fina - em alguns casos, camada grossa, originada da baixa temperatura, que atingiu dois graus negativos'. Segundo ainda a reportagem, 'nas ruas da cidade, aqueles que acordaram mais cedo ou saíram antes da 7h30min puderam ver nos tetos dos automóveis a camada de gelo formada durante a madrugada. O Serviço de Meteorologia da Base Aérea, por seu turno indicava a temperatura mínima: um grau e meio abaixo de zero. A mesma fonte, baseada em seus arquivos, garantiu que a última frente de igual intensidade, que atingiu Ca

Assassinado em Campo Grande ex-prefeito de Aquidauana

É assassinado em Campo Grande em 9 de maio de 1940, o médico e dentista, Oscar Alves de Souza, juiz de paz da cidade e ex-prefeito de Aquidauana.  Entrevistado pelo Jornal do Comércio, Nero Moura, principal testemunha da ocorrência, prestou as seguintes informações: Após ter jantado com o Dr. Oscar Alves de Souza, na casa de residência deste, saí em companhia dele afim de irmos ambos, a pé, em demanda da casa de residência de nosso amigo comum sr. Messias de Carvalho Araújo, para o cumprimentarmos pelo seu aniversário que transcorria naquele dia. Conversando com o meu inditoso companheiro, seguíamos os dois pela rua João Pessoa (atual 14 de Julho), descuidadamente, quando ao defrontarmos o prédio de sobrado do sr. Alfredo Silva, sito nesta mesma rua João Pessoa, n° 1180, estando eu pelo lado de dentro do passeio, portanto do lado direito do dr. Oscar Alves de Souza, ouvimos alguém bem de perto, quase junto de nossas costas, pronunciar em tom interrogativo estas palavra

O romance de Taunay com uma índia chané

A comissão de engenheiros da força expedicionária, à frente das tropas estacionadas em Coxim, completam a subida da serra de Maracaju em 11 de março de 1866. O tenente Taunay, integrante do grupo, conta como foi a chegada e permanência nos Morros e revela seu romance com uma jovem índia da nação chané: No dia 11 de março, depois da subida, em extremo pitoresca, da serra de Maracaju, toda cheia de enormes lajes e pedras soltas, subida que descrevi nas Narrativas Militares e em que meu burro Paysandu se portou admiravelmente, chegamos ao alto, ao pouso dos refugiados da vila e do distrito de Miranda, que tinham ali ido ocultar-se desde fins de janeiro de 1865, por ocasião da invasão paraguaia. Chamava-se o local Morros e compunha-se de dois verdadeiros acampamentos, um de João Pacheco de Almeida, em cuja casa nos hospedamos, e outro, a meia légua de distância, conhecido por Chico Dias, velho indiático de alguma influência. Nos morros, onde as forças brasileiras permaneceram até j

Revolução de 32: rebeldes derrotados em Porto Murtinho

Dá-se em 10 de setembro de 1932 a batalha de Porto Mutinho, confronto bélico decisivo para os destinos da guerra civil de São Paulo em território do sul de Mato Grosso: E era, de fato, de todos os lados que o governo federal apertava o cerco. A oeste, no sul de Mato Grosso e especialmente ao longo do rio Paraguai, travava-se em setembro violentos combates. A fronteira paraguaia era porta vital ao exterior para os constitucionalistas, e, já em julho, o governo procurava fechá-la, criando um destacamento sob o comando do major Leopoldo Néri da Fonseca e subordinado a Rabelo, cuja missão, em combinação com a flotilha de Mato Grosso, era barrar o rio. Quando, em agosto, Néri começou a mobilizar forças locais, os rebeldes controlavam Bela Vista e Ponta Porã, enquanto a base de suas operações era Porto Murtinho. No início de setembro uma coluna rebelde de mais de mil homens marchou sobre Porto Murtinho, onde Néri esperava com oitocentas tropas de regulares e voluntários.

A morte de Silvino Jacques, o cangaceiro da fronteira

Surpreendido por uma captura chefiada por Orcírio dos Santos, na beira do rio da Prata, em 19 de maio de 1939, o célebre bandoleiro gaúcho é atingido. Brígido Ibanhes descreve o cenário e os detalhes de sua última luta, contra patrulha comandada por Orcírio dos Santos, pai do ex-governador Zeca do PT: Sempre patrulhando seguiram o rio da Prata e quando estavam para chegar no Passo da Aroeira, algo chamou a atenção do Horácio, o mais novo dos Santos ali na captura.  Fazia uma manhã fria e nevoenta perto do rio, e a cerração serpenteava seguindo o curso do Prata pelo meio do cerrado. O Orcírio, o Alcides e mais três companheiros iam na frente e o Dinarte, com o resto do grupo, ia a uns cem metros atrás.   Orcírio ia discutindo com o Lito Ferreira. - Sabe, Orcírio, nesta mesma hora passamos por aqui da outra vez. Lito se zangava à toa e o Orcírio só para provocá-lo olhou o seu relógio como se estivesse conferindo a informação. O relógio marcava 9:15 horas do dia 18 de maio. Nis

Assassinado a tiros prefeito de Ponta Porã

Modesto Dauzacker e sua esposa Lola, em foto de 1932, no Campanário Foi morto a tiros, em 30 de junho de 1934, o coronel Modesto Dauzacker, prefeito de Ponta Porã, a maior e mais importante cidade da fronteira Brasil-Paraguai. A ocorrência está sintetizada em telegrama do interventor federal do Estado ao presidente Getúlio Vargas: Ontem, pela manhã, quando se dirigia prefeitura municipal, em uma rua de Ponta Porá foi brutalmente assassinado nosso valoroso amigo coronel Modesto Danzacker, prefeito daquele município. Criminoso preso flagrante não se sabendo até agora verdadeiro móvel delito. Levando tal fato conhecimento V. Exa. exprimo meu grande pesar pela perda irreparável tão dedicado auxiliar esta Interventoria. O assassínio do prefeito teve repercussão nacional, conforme nota no Correio da Manhã (RJ), em sua edição de 22 de julho de 1934: "Cuiabá, 14 de julho - (Do correspondente, por via aérea) - A 30 de junho último foi assassinado o prefeito de Ponta Porá, coron