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Mostrando postagens de julho, 2018

Rondon na colonia militar de Dourados

Em  sua viagem de Bela Vista a Campo Grande e Aquidauana, Rondon passa em 24 de julho de 1905, pela antiga colônia militar de Dourados, “da qual poucos vestígios restam. Foi aí que o tenente Antonio João heroicamente defendeu, até a morte, a bandeira brasileira, à frente de 15 soldados de cavalaria. Existia na antiga colônia uma peça de bronze  La Hite. Segundo  nos informaram, levara-a um coronel para sua fazenda de Ipehum. Fomos ter ao marco da principal cabeceira do Apa – marco mal conservado. É da mesma fonte a informação de que na barra do rio Dourados achavam-se localizados os índios caiuá, da nação Guarani, índios pacíficos e empregados nessa zona na extração de erva mate. Existiam também os ofaiés que freqüentavam o rio Paraná".  FONTE : Esther de Viveiros,  Rondon conta sua vida , Cooperativa Cultural dos Esperantistas, Rio de Janeiro, 1966. Página 194.

Criado o município de Ponta Porã

Pela Resolução n° 617, de 18 de julho de 1912, sancionada pelo presidente do Estado de Mato Grosso, Joaquim A. da Costa Marques,  Ponta Porã , a mais próspera povoação da fronteira Brasil-Paraguai, é elevada à categoria de município. "A fundação de Ponta Porã - constata o historiador - como a de tantas outras cidades, não constituiu ato premeditado de ninguém, por isso não lhe pode fixar uma data precisa. O lugar foi evoluindo aos poucos, e o povo vinha fixar residência aí, de preferência onde mais tarde se estabelecia o comércio do lado do Paraguai e depois do Brasil, em razão da proximidade da picada do 'Chiriguelo', por onde vinha de Conceição toda a mercadoria necessária ao seu consumo, inclusive o sal para as fazendas de criação, já que naqueles tempos não existia outra zona de abastecimento mais próxima, em território brasileiro".¹ Seu primeiro morador foi o capitão João Antonio de Trindade, carioca, veterano da guerra do Paraguai, herói da retirada da Lag

A geada do século

O Sul de Mato Grosso é atingido em 17 de julho de 1975, pela maior geada do século XX, lembrada 40 anos depois pelo repórter Fausto Brites, do Correio do Estado, de Campo Grande: Na edição de sexta-feira, a matéria principal: 'Enquanto alguns pontos do município de Bandeirantes viviam a primeira nevasca da história de Mato Grosso, no período compreendido entre as 6 horas e 8 horas da manhã de anteontem, Campo Grande amanhecia ontem coberta por uma fina - em alguns casos, camada grossa, originada da baixa temperatura, que atingiu dois graus negativos'. Segundo ainda a reportagem, 'nas ruas da cidade, aqueles que acordaram mais cedo ou saíram antes da 7h30min puderam ver nos tetos dos automóveis a camada de gelo formada durante a madrugada. O Serviço de Meteorologia da Base Aérea, por seu turno indicava a temperatura mínima: um grau e meio abaixo de zero. A mesma fonte, baseada em seus arquivos, garantiu que a última frente de igual intensidade, que atingiu Campo Grande, oco

Coxim ocupada

Centro de Coxim na década de 30 Deflagrada a 9 de julho a revolução constitucionalista de São Paulo, com adesão da Circunscrição Militar de Campo Grande, rebeldes tomam, sem resistência, em 14 de julho de 1932, a cidade de Coxim, então em poder da polícia do interventor Leônidas de Matos, de Mato Grosso. O episódio, pouco valorizado pela historiografia, tem como fonte item do relatório do prefeito nomeado de Coxim, Jorge Adalberto Castilho, ao Conselho Consultivo Municipal, em 31 de dezembro de 1932: Alegou que, além de todos os problemas existentes, teve a sua administração perturbada pela ocupação da cidade pelas forças rebeldes ligadas ao Movimento irrompido em São Paulo e Sul de Mato Grosso, cuja ocupação ocorreu no dia 14 de julho e só se retirando no dia 6 de outubro de 1932.  No mesmo relatório o prefeito dava conta de que o "tráfego para Cuiabá estava interrompido em virtude da destruição da ponte sobre o rio Piquiri, pelos rebeldes que ocuparam a cidade".  A int

O discurso do índio ao Papa

Num dos momentos mais marcantes da primeira visita do papa João Paulo II ao Brasil, o cacique guarani Marçal de Sousa, da aldeia Campestre de Antônio João, faz discurso de improviso em solenidade em Manaus, em 11 de julho de 1980, abordando temas de interesse das nações indígenas: Santidade João Paulo II eu sou representante da grande tribo Guarani, quando nos primórdios, com o descobrimento dessa grande pátria, nós éramos uma grande nação e hoje eu não poderia como representante dessa nação, que hoje vive à margem da chamada civilização, Santo Padre, não poderíamos nos calar pela sua visita nesse país. Como representante, porque não dizer de todas as nações indígenas que habitam este país que está ficando tão pequeno para nós e tão grande para aqueles que nos tomaram esta pátria. Somos uma nação subjugada pelos potentes, uma nação espoliada, uma nação que está morrendo aos poucos sem encontrar o caminho, porque aqueles que nos tomaram este chão não têm dado condições para nossa