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Mostrando postagens de maio, 2019

Rebeldes ocupam Rio Pardo

Estação de Ribas do Rio Pardo em 1922 Estacionado desde o dia anterior na ponte da ferrovia, nas proximidades da vila de Ribas do Rio Pardo, o destacamento da Coluna Prestes, sob o comando de Siqueira Campos, faz em 31 de maio de 1925,  “um reconhecimento ofensivo sobre a estação de Rio Pardo, conseguindo ocupá-la depois de cerrado tiroteio, destruindo-a então. Era uma demonstração de força que visava a atrair para aquele ponto todas as forças governistas que guarneciam o eixo da Noroeste. A manobra deu resultado,conseguindo toda a divisão, sem maiores problemas, alcançar a vila de Jaraguari, a 4 de junho, a apenas oito léguas de Campo Grande".¹ Otávio Gonçalves Gomes, em sua infância, testemunhou a invasão de Rio Pardo, descrita em seu livro "Onde cantam as seriemas": A noite decorreu sem novidade, mas sob intensa atividade militar. Quando o dia vinha clareando, disse meu pai : - Não vieram até agora, não vêm mais. Dessa nós estamos livres. Foi a conta. No me

A morte do patriarca

Cemitério da fazenda Passatempo em Rio Brilhante Aos 57 anos faleceu e foi sepultado no cemitério de sua fazenda Passatempo, na Vacaria,em 26 de maio de 1863,  Inácio Gonçalves Barbosa, patriarca da família Barbosa . Nascido em Sabará, Minas Gerais, em 1806, chegou aos campos de Vacaria, em 1842, chefiando uma caravana, da qual participavam mais dois irmãos, João e Francisco, procedente de Franca, no interior de São Paulo, no rastro de seu irmão mais velho, Antônio Gonçalves Barbosa, que viera para Mato Grosso há seis anos, em companhia de seu genro José Francisco Lopes.  Em seu percurso adormeciam serenamente, sem pensar nos perigos que lhes poderiam surgir pela vida tornando-se valentes e destemidos bandeirantes enfrentando a frialdade das noites e a intensidade dos raios solares pelas estradas incultas, sem nem sequer encontrarem algum abrigo bom ou ruim, atravessando os areais do Sucuriu, do Pardo e depois subindo até atingir o Anhanduí e chegando satisfeitos na tão almejada

Telégrafo em Murtinho

Estação telegráfica de Porto Murtinho É oficialmente entregue à população em 24 de maio de 1905, a estação telegráfica de Porto Murtinho. O major Rondon, chefe do serviço de extensão da rede, conforme ele mesmo conta em seu diário, deu, as 9 horas, “começo às transmissões de meus telegramas de comunicação da inauguração. Cedo apareceu Porto Murtinho, sendo este o primeiro sinal da perfeição da construção. Ao meio dia houve formatura para a leitura de minha ordem do dia, concernente à solenidade que nos entusiasmava a todos pelo hercúleo esforço empregado".   Mais adiante, Rondon dá detalhes da missão cumprida:  Apesar dos mil contratempos causados pelas intermináveis chuvas, pela inundação de todos os rios transbordados, além de incontáveis dificuldades, conseguíramos realizar nossos planos de trabalho. Tanto vale querer e o saber escutar. Depois da leitura de minha ordem do dia terminada por um entusiástico “Viva a República”, dei por inaugurada a Estação e o serviço telegrá

A morte do poeta

Nascido a  15 de março de 1928 , em Coxim, é assassinado em Campo Grande, em 23 de maio de 1989, o compositor Zacarias Mourão. Filho de José dos Santos Mourão e Cantemira Terra Mourão ,  aos 11 anos de idade - relata João Ferreira Neto - "teve que trocar sua Coxim por um seminário em Petrópolis no Estado do Rio de Janeiro, fato que o marcou. Foi quanto teve a ideia de deixar  algo que o lembrasse. Assim surgiu no quintal da casa dos padres, onde Zacarias morava com o padre Chico, um 'pequeno arbusto' que cravou suas raízes no solo de Coxim, cresceu e tornou-se o nosso famoso - pé de cedro". Em São Paulo, na década de 50, entrou para a polícia rodoviária estadual e formou-se em jornalismo pela Fundação Casper Líbero, vindo a consagrar-se em todo o Brasil como compositor de várias músicas sertanejas, sendo a mais conhecida delas o clássico  Pé de Cedro , em parceria com Goiá, gravado originalmente por Tibagi e Miltinho.  Sua morte não foi devidamente esclarecida. FON

Ultimato ignorado

Nas proximidades de Dourados as tropas da Coluna Prestes recebem um emissário do governo, com carta do major Klinger, da Circunscrição Militar de Campo Grande, em 21 de maio de 1925, com o seguinte ultimato: Meus destemidos camaradas. (...) Apelo pois para vosso patriotismo, que tem sido certamente o supremo móvel da vossa ação, a fim de ter afinal um termo esta luta ingrata, que já agora só pode, sem outro resultado, aumentar a desgraça do país e de seus filhos, cavar mais fundo a cisão e aumentar os ódios. Ofereço de iniciativa exclusiva minha que será imediatamente posta em aplicação sob minha responsabilidade pessoal se aceitardes o seguinte: 1 - Todas as forças revolucionárias de Mato Grosso entregam suas armas, munições, cavalos e todo o material de qualquer espécie que tenham em seu poder. 2 - Todos os oficiais e um décimo das praças a critério dos chefes revolucionários terão trânsito livre para passarem incontinenti a fronteira mais próxima. 3 - Pormenores a fixar entre um

O ultimo combate de Selvino Jacques

Surpreendido por uma captura chefiada por Orcírio dos Santos, na beira do rio da Prata, o célebre bandoleiro gaúcho Selvino Jacques, é atingido. Brígido Ibanhes descreve o cenário e os detalhes de sua última luta, em 18 de maio de 1939: Sempre patrulhando seguiram o rio da Prata e quando estavam para chegar no Passo da Aroeira, algo chamou a atenção do Horácio, o mais novo dos Santos ali na captura.  Fazia uma manhã fria e nevoenta perto do rio, e a cerração serpenteava seguindo o curso do Prata pelo meio do cerrado. O Orcírio, o Alcides e mais três companheiros iam na frente e o Dinarte, com o resto do grupo, ia a uns cem metros atrás. Orcírio ia discutindo com o Lito Ferreira. - Sabe, Orcírio, nesta mesma hora passamos por aqui da outra vez. Lito se zangava à toa e o Orcírio só para provocá-lo olhou o seu relógio como se estivesse conferindo a informação. O relógio marcava 9:15 horas do dia 18 de maio. Nisso o Horácio exclamou: - Lá vem um grupo! Orcírio virou o rosto e viu

Aniversário de Eldorado

Fundado em 1954 pelo astrólogo Omar Cardoso, é emancipado em 13 de maio de 1976, o distrito de Eldorado, desmembrado do município de Iguatemi, no extremo sul do Estado. A lei de iniciativa do deputado Paulo Saldanha (Arena) foi sancionada pelo governador Garcia Neto. O primeiro prefeito interino foi o vereador Milton Aparecido Nava, que tomou posse em 2 de fevereiro de 1977. A primeira Câmara Municipal, eleita em outubro de 1976 teve a seguinte composição: Cristiano Vites da Silva, Milton Aparecido Nava, Antonio Passos Fioravante, David Crepaldi, Benedito da Silva, Hori Saldanha Vargas e Dário Rodrigues Salazar. FONTE : Hildebrando Campestrini,  Eldorado, Memória e riquezas , Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, página 161.