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Mostrando postagens de setembro, 2017

Morre Bento Xavier, o maragato

Faleceu aos 53 anos em Belém, Paraguai, em 27 de setembro de 1915, o gaúcho Bento Xavier da Silva. Natural de Santana do Livramento, chegou ao Sul de Mato Grosso no final do século XIX, como refugiado da revolução federalista na qual lutou no exército maragato de Gumercindo Saraiva, derrotado pelos picapaus de Júlio de Castilho. Em Bela Vista dedicou-se à pecuária, ingressando em seguida nas lutas políticas regionais. Um dos pioneiros na luta pela divisão de Mato Grosso, liderou na primeira década do século passado a fase insurrecional da campanha separatista, chefiando um movimento conhecido como  Revolução da Paz , que "chegou a ter mais de 5.000 seguidores, que, para a época era um verdadeiro exército". Batido nos  combates de Estrela , em 1911 por tropas legalistas comandadas pelo major Gomes exilou-se no Paraguai, onde passou a trabalhar como açougueiro.  FONTE : Sidney Nunes Leite,  Bela Vista uma viagem ao passado , edição do autor, Bela Vista, 2001, pág

Iniciada exploração ao desconhecido Sul do Estado

Serra de Maracaju, no roteiro dos primeiros exploradores de Cuiabá 137 anos da descoberta de Cuiabá e 108 depois da criação da capitania de Mato Grosso, parte de Cuiabá para exploração no sul do Estado, em 25 de setembro de 1856, o capitão Francisco Nunes da Cunha. De seu retorno, no ano seguinte, entrega ao presidente Augusto Leverger, o barão de Melgaço, o seguinte relatório: A zona do terreno compreendida a leste pelo rio Brilhante e a oeste pelas alturas da serra Maracaju, e que se estende desde o paralelo que fica ao sul das últimas cabeceiras do rio Dourados, é a que mais ou menos percorri e explorei; ela compõe-se de altas e bonitas chapadas, separadas por uma infinidade de vertentes, que formam os ribeirões Santo Antônio, Santa Gertrudes, Cachoeira, Santa Maria e Dourados; cada uma das vertentes é coberta de espessa mata, excelente para cultura de toda espécie de grão; os leitos dos ribeirões que ficam ao norte são mais ou menos descobertos ou bordados de es

Generoso Ponce em Nioaque

Senador e deputado estadual, Generoso Ponce, chefe republicano de Mato Grosso nestes primeiros anos da República, visita Nioaque, em 24 de setembro de 1896, liderando comissão oficial de apoio ao seu partidário Jango Mascarenhas, que acabara de derrotar em luta armada seus adversários do partido autonomista: “A atividade de Ponce é incessante. Chega a Cuiabá em fins de julho e já nos primeiros dias de agosto segue para Nioac. Na longínqua localidade do sul, duas parcialidades em desarmonia estão a pique de conflagrar a região, tão remota na época, por falta de transporte. Antônio Fernandes Trigo de Loureiro, há pouco nomeado chefe de polícia, segue com ele. Todos pensam que só a alta autoridade do chefe supremo do partido e sua habilidade, conseguiriam pacificação". Consagra o ‘Republicano’ de 24 de setembro de 96, o êxito da missão que durara mês e meio: De volta da vila de Nioac, para onde partiram a 12 do mês pp. com o fim de com seu incontestável prestíg

Representante de MS assume presidência do Senado

Ramez dá posse ao presidente Lula e ao vice José Alencar Para completar o mandato do senador Jader Barbalho, que renunciou à presidência, envolvido em uma crise interna do Senado, é eleito em 20 de setembro de 2001, o senador Ramez Tebet (PMDB/MS). Na bancada do PMDB derrotou José Alencar, José Sarney e José Fogaça e no plenário,supera reações do PFL e consegue 41 votos dos 75 senadores presentes. No seu discurso de posse um compromisso: Quero e haverei de honrar o Senado da República de uma só forma, da forma como sei fazer: trabalhando incansavelmente, lutando bravamente para atingir esses objetivos, para fazer desta Casa verdadeiramente uma casa da federação brasileira, uma casa de reflexão. Vamos fazer desta Casa uma Casa onde possamos conciliar os diversos interesses, desde que tenhamos uma meta, qual seja, a consecução do bem comum, pelo qual todos temos de lutar em favor da grandeza e do progresso da nossa Pátria. Ramez Tebet foi o segundo senador de Mato Grosso do Su

Exército brasileiro chega a Miranda

Retirada da Laguna, quadro de Ruy Martins Ferreira Após vários meses no trajeto entre São Paulo e Coxim e daí para o sul da província, chega finalmente a Miranda em 17 de setembro de 1866, a força expedicionária que viveu a dramática retirada da Laguna, da qual fazia parte o tenente Taunay, autor do seguinte relato: Com uma légua de marcha encontrou-se uma capelinha coberta de telha, que fora respeitada pelos paraguaios e outrora servia de núcleo para a aldeia Grande, ocupada pelos terenas, comandados pelo capitão Pedro da Silva Tavares. Mais adiante achavam-se os vestígios de pequenos aldeamentos, que todos concorriam para o abastecimento da vila de Miranda. A este ponto chegou-se a uma hora da tarde, acampando-se na praça principal depois de ocupadas pelas repartições anexas as ruínas das casas ainda de pé. A marcha foi de 3 ½ léguas. A vila apresentava-nos o mais assinalado padrão de ocupação paraguaia. O bonito quartel em parte destruído, a matriz desrespeitada com as par

Presidente da República recebe título de cidadão douradense

Prefeito Napoleão Francisco de Souza, Presidente João Goulart e governador Fernando Correa da Costa. Ao fundo, senador Rachid Saldanha Derzi Em 16 de setembro de 1963, sete meses após ter restituído os poderes de chefe do governo, no plebiscito que derrubou o efêmero parlamentarismo, o presidente "Jango esteve em Dourados para entregar títulos de propriedade de lotes aos colonos da CAND e recebeu deferências explícitas. Nessa ocasião foi agraciado com o título de 'Cidadão Douradense,' concedido pela Câmara de Vereadores. A proposição de concessão do título foi feita pelo vereador Janary Carneiro Santiago,do PTB". Era presidente da Câmara o vereador Jofre Damasceno que "após as formalidades de praxe, saudou o presidente da República e reiterou votos de confiança no presidente 'afirmando que confiava em seu governo e em especial as (sic) atenções que seriam dispensadas às nossas reivindicações.' O presidente, ao agradecer pelo título recebido, de

A morte trágica do deputado sulista

Weimar Torres (primeiro à esquerda) com Pedro Pedrossian, durante governo itinerante em Dourados. (Foto do acervo de Sultan Rasslan) Aos 46 anos morre em Londrina, em 14 de setembro de 1969, vítima de desastre do avião, o deputado federal Weimar Gonçalves Torres, fundador do jornal O Progresso, de Dourados. Era filho do advogado Dr. José dos Passos Rangel Torres, natural da Paraíba e de dona Dionísia Gonçalves Torres, natural de Ponta Porã. Fez os primeiros estudos no Grupo Escolar e no Colégio Salesiano de sua cidade natal. Bacharelou-se em Ciências e Letras no Ginásio Municipal “Dom Bosco”, em Campo Grande. Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, no ano de 1947, bacharelou-se em Ciências Jurídicas. Em maio de 1948, instala-se com a sua banca de advocacia, sendo ele o primeiro advogado de Dourados. A 29 de janeiro de 1951 casa-se Adiles do Amaral, filha do senhor Vlademir Muller do Amaral, agrimensor, pecuarista e comerciante e de dona Theodolina Ugolini do Amaral, ambos nas

Criado o território federal de Ponta Porã

Pelo decreto 5.812, de 13 de setembro de 1943, o presidente Getúlio Vargas faz a primeira divisão formal do Estado de Mato Grosso, criando os territórios de Guaporé, ao Norte e de Ponta Porã, ao Sul. O território de Ponta Porã, com capital nessa cidade, compreendia os municípios de Porto Murtinho, Bela Vista, Dourados, Miranda, Nioaque e Maracaju.   A 5 de janeiro de 1944 foi nomeado governador o coronel Ramiro Noronha, que a 28 chegou a Campanário, onde se achava em excursão o presidente da República, tomando posse do cargo a 31 do mesmo mês, em Ponta Porã. Publicado o decreto n° 1, de 18 de setembro, ficou assim constituída a administração do Território: a) Governador; b) Secretário; c) Consultor jurídico; d) Serviço de segurança; e) Serviço de educação e cultura; g) Serviço de saneamento e saúde; h) Serviço de organização e fomento da produção; i) Serviço de engenharia e obras; j) Serviços de finanças e contabilidade; k) Serviço de geografia e estatística; l)

Índios coroados atacam fazendas em Coxim

Em 12 de setembro de 1883, índios da tribo Coroados em ataque a moradores da margem esquerda do rio Taquari, em Bom Jardim, no distrito de São José de Herculânia (Coxim) "fizeram 12 vítimas e roubaram tudo quanto acharam", colocando em pânico "todos os moradores daquela circunferência" e obrigando a retirada de todos, abandonando suas propriedades e pertences. A denúncia consta de um apelo às autoridades, publicado em jornal de Corumbá, implorando o restabelecimento da ordem na região: "Os índios da tribo - Coroados - que no Taquari, à margem esquerda fizeram 12 vítimas e roubaram tudo quanto acharam, fato que deu lugar a que todos os moradores daquela circunferência se retirassem abandonando tudo quanto tinham, assaltaram minha casa às 10 horas do dia 6 do corrente, deixando-me a dura provação de ver flechados um casal de escravos, de cujos ferimentos está à morte um deles. Antes de darem este assalto haviam surpreendido e assassinado a mulher de u

A primeira viagem de ônibus entre Cuiabá e Campo Grande

Procedente de Cuiabá chega a Campo Grande em 11 de setembro de 1929 o auto-ônibus da Empresa Auto Viação Matogrossense, inaugurando a linha entre as duas cidades, cujo transporte de passageiros até então era feito por vias ferroviária (até Corumbá) e fluvial pelo rio Paraguai.  A empresa, com sede em Campo Grande, firmou contrato com o governo do Estado, visando a exploração regular do transporte coletivo entre as duas principais cidades de Mato Grosso. O "Jornal do Comércio", dá os detalhes do citado contrato que estabelece a principio, uma viagem mensal de ida e volta: "Não é preciso encarecer - justifica o jornal - o quanto de importante representa para Campo Grande o fato de que hora ocupamos, pois que ligado à capital do Estado por viagens regulares que deverão ser feitas em três dias, pouco mais ou menos, ficará nossa cidade, de preferencial sendo o ponto de intercâmbio dos passageiros que do Rio ou São Paulo se destinam a Cuiabá e vice-versa os quais terã

Trava-se a batalha de Porto Murtinho

Dá-se  em 10 de setembro de 1932 a batalha de Porto Mutinho, confronto bélico decisivo para os destinos da guerra civil de São Paulo em território do sul de Mato Grosso: E era, de fato, de todos os lados que o governo federal apertava o cerco. A oeste, no sul de Mato Grosso e especialmente ao longo do rio Paraguai, travava-se em setembro violentos combates. A fronteira paraguaia era porta vital ao exterior para os constitucionalistas, e, já em julho, o governo procurava fechá-la, criando um destacamento sob o comando do major Leopoldo Néri da Fonseca e subordinado a Rabelo, cuja missão, em combinação com a flotilha de Mato Grosso, era barrar o rio. Quando, em agosto, Néri começou a mobilizar forças locais, os rebeldes controlavam Bela Vista e Ponta Porã, enquanto a base de suas operações era Porto Murtinho. No início de setembro uma coluna rebelde de mais de mil homens marchou sobre Porto Murtinho, onde Néri esperava com oitocentas tropas de regulares e voluntários.

Tropas brasileiras chegam ao rio Aquidauana

Rio Aquidauana, desenhado pelo cadete Tauanay Procedentes do Taboco e acampados à margem do córrego Piranhinha desde o dia anterior, os soldados da força expedicionária de Mato Grosso, com destino a Miranda e Bela Vista, em 5 de setembro de 1865, partem rumo à travessia do rio Aquidauana, segundo registro do cadete Taunay: Deixando o pouso às 7 ½ horas da manhã, seguiu a força ao rumo S. O. no qual caminhou três léguas por extensas planícies tão faltas d’água na seca, quão alagadas no tempo das chuvas. Virando depois sensivelmente a O. e a O.S.O. por légua e meia, chegou à margem direita do rio Aquidauana no lugar fronteiro ao denominado Porto do Sousa, onde por muitos meses tiveram os paraguaios um importante ponto para vaquejadas. Bela e frondosa mata acompanha, em ambas as margens barrancosas, esta importante corrente que vai-se unir ao rio Miranda daí a 12 ou 14 léguas pouco mais ou menos, rolando sempre águas limpas e com curso livre de obstáculos por mais de 20 léguas.

Criada a reserva indígena de Dourados

Pelo decreto nº 401, de 3 de setembro de 1915, do presidente do Estado de Mato Grosso, Caetano Manoel de Faria e Albuquerque, é criada a "colônia de índios de Dourados". Dispunha o decreto em seu único artigo:  Art. 1° - Fica reservada no município de Ponta Porã e para a colônia de índios do distrito de "Dourados", uma área de terras de 3600 hectares, confinando pelo Sul, com o córrego Saltinho, que separa a outra área reservada para o patrimônio de Dourados e as mais confrontações com terras devolutas situadas nas matas de São Domingos. Em 1925 foi fundado o posto indígena de Dourados, quando o inspetor do Serviço de Proteção ao Índio, major Nicolau Horta Barbosa, inicia a demarcação da área. Até então os grupos indígenas do sul de Mato Grosso viviam dispersos. As terras que compõem o atual posto indígena de Dourados tiveram seu título definitivo de propriedade expedido em 26 de outubro de 1965, sendo estas terras devidamente registradas em 14-12-1965,