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Mostrando postagens de dezembro, 2017

Guerra do Paraguai: Antonio João tomba em combate

Iniciando sua invasão ao território brasileiro, via terrestre, tropas comandadas por Martin Urbieta alcançam em 29 de dezembro de 1864, o forte de Dourados, então sob a chefia do tenente Antonio João Ribeiro, filho de Poconé, que, “com apenas 16 homens enfrenta o inimigo em flagrante desigualdade de condição e com grande heroísmo, não se rende. Antes de tombar em holocausto à pátria, escreve o famoso bilhete que está gravado no monumento erguido em sua homenagem na Praia Vermelha no Rio de Janeiro: “Sei que morro, mas o meu sangue e o dos meus companheiros servirá de protesto solene contra a invasão do solo de minha pátria”.¹ O comandante Martin Urbieta resumiu o episódio em relatório enviado no dia seguinte ao seu superior em Assunção: Senhor Ministro: Com o devido respeito tenho a honra de dar parte à V. E. de que em 29 do que expira, cheguei nesta colônia de Dourados sem que fosse percebido por nenhum indivíduo e sendo divisado à curta distância ouvi tocar uma chamad

Exercito paraguaio ocupa o forte Coimbra

Após três dias de batalha, o coronel Porto Carreiro, comandante brasileiro do forte Coimbra, decide abandonar a fortaleza, em 28 de dezembro de 1864, imediatamente ocupada pelo inimigo. Os pormenores dos combates, averbados pelo vencidos, estão no relatório do comandante Vicente Barros ao ministro da Guerra e Marinha do Paraguai: Senhor   Ministro: Tenho a honra de levar ao conhecimento de V.E. o resultado das operações feitas pela força sob meu comando em cumprimento da comissão a mim confiada pelo Exmo. Senhor   Presidente da República. Depois de uma rápida e feliz viagem,   a expedição ancorou em frente de Coimbra na noite de 26 do corrente, e imediatamente depois fiz desembarcar parte da força de meu comando na costa esquerda do rio Paraguai à distância de uma légua mais abaixo do forte, de onde mandei proceder   ao reconhecimento do terreno,   ocupado as posições estratégicas mais importantes que deviam servir de pontos de operações   à divisão expedicionária

Paraguaios atacam e tomam o forte Coimbra

Em 27 de dezembro de 1864, sob o comando coronel Vicente Barrios, as forças de invasão de Solano Lopez, protegidas por denso nevoeiro, se aproximam da fortificação brasileira no rio Paraguai e somente “quando a fumaça das chaminés dos navios foi avistada pelas sentinelas, Coimbra tomou conhecimento do avanço paraguaio.” A frota de Barrios, segundo Carlos Francisco Moura, “capitaneada pelo Igurey, era formada por 5 vapores e 5 grandes embarcações a reboque e totalizava 39 canhões de bordo. Vieram a reboque também balsas-curral com gado para o abastecimento da tropa e cavalos. As tropas de combate formavam 4 batalhões, num total de 3.200 homens. Traziam também 12 peças de campanha”. As forças de Coimbra, ainda conforme o mesmo autor, a “artilharia era constituída de 31 canhões velhos, dos quais apenas 11 estavam em condições de atirar, mas como o número de artilheiros era insuficiente, só 5 podiam ser manejados". Ao amanhecer, o comandante brasileiro recebe o s

Taunay e a última carta de Miranda

Em carta de 23 de dezembro de 1866, endereçada aos seus familiares no Rio, o tenente Taunay, combatente na guerra do Paraguai, mostra-se aflito com a insalubridade da vila e a indefinição dos rumos que deve tomar a coluna estacionada em Miranda, antes de sua partida para Laguna: Dizem que o novo presidente de Mato Grosso, Couto de Magalhães dirige-se a toda a pressa para o Coxim, para onde devem passar estas forças antes de seguir para Cuiabá; vindo as de lá para a fronteira. Teme-se complicações sérias com a Bolívia e querem tomar providências a respeito, mandando-nos para o Norte. Até quando viajaremos? Far-nos-ão percorrer o mundo inteiro? Estou já aborrecidíssimo com esta vida, cujos espinhos só se apreciam metido nela até o pescoço como me acha. Breve chegará aqui Camisão e mais que provavelmente conduzirá logo as forças para Nioaque, onde dever-se-á fazer um estacionamento conveniente ao restabelecimento das praças que muito tem sofrido do clima pernicioso desta vila. [

Criado o município de Dourados

Líderes do movimento de emancipação de Dourados: Raul Muzzi, Feliciano Beneditti, Atílio Torraca, Luiz Antonio Leão, Eston Marques, João Vicente  Ferreira (primeiro prefeito), João Cândido Câmara, Marcos Fioravante, José Fernandes Junior, Alberto Carvalho, Mandacaru de Araújo, Fernando Vieira de Mattos, Valdomiro Correa (representante do governador) Francisco de Mattos Pereira, Bento de Mattos Pereira e José de Mattos Pereira. Decreto nº 30, de 20 de dezembro de 1935, do governo do Estado de Mato Grosso, emancipa o distrito de Dourados, desmembrando-o de Ponta Porã: O governador do Estado de Mato Grosso, tendo em vista a representação que lhe dirigiram os habitantes de Dourados, sobre a necessidade de ser elevado aquele distrito a município, e considerando que o distrito de Dourados, possuindo uma população superior a 15 mil almas, vem assinalando o seu crescente desenvolvimento pela exportação em grande escala de erva-mate, gado-vacum, cereais e outros produtos;